Uma preocupação comum entre aqueles que se interessam em mergulhar no mundo da inteligência artificial e big data é a complexidade dos conhecimentos necessários. Durante anos, os profissionais de tecnologia foram estereotipados como “nerds” com superpoderes matemáticos. Contudo, com a popularização da IA, esse nicho tornou-se cada vez mais acessível e necessário para diversos profissionais.
As turmas do MBA em Inteligência Artificial e Big Data do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, incorporam essa multidisciplinaridade e provam que as ferramentas estão ao alcance de todos os profissionais. As aulas variam do básico ao avançado e oferecem uma oportunidade única para profissionais de diferentes áreas darem um salto em suas carreiras, equipando-se com conhecimentos e habilidades essenciais nesse campo em constante evolução.
Com um currículo estruturado em três módulos — Fundamentação, Avançado e Soluções — o programa é acessível tanto para iniciantes quanto para aqueles que já têm alguma experiência na área. Veja a seguir detalhes sobre os profissionais que podem se beneficiar do MBA.

Profissionais em transição de carreira
Segundo o relatório “Como a Inteligência Artificial Está Transformando os Negócios”, divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), estima-se que o mercado de IA generativa cresça a uma taxa anual de 10,71%, atingindo um valor de US$ 3,28 bilhões até 2030.
Nesse cenário, empresas e gestores esperam colaboradores capacitados para utilizar a tecnologia de forma eficaz. Por isso, o MBA em IA e BigData é ideal para aqueles que buscam um novo caminho na área de tecnologia.
Se você vem de áreas correlatas, como Marketing, Administração ou Tecnologia, o MBA oferece fundamentos em programação e ciência de dados que possibilitam uma transição suave para o universo da Inteligência Artificial.
Para estudantes das ciências humanas, como jornalistas e educadores, o MBA também é acessível. O módulo de Fundamentação inclui uma introdução à computação, Python e Structured Query Language (SQL), preparando os alunos com bases sólidas para as complexidades do mercado.

Gestores e líderes de equipe
O relatório do SEBRAE também revela que 90% dos líderes comerciais planejam adotar IA generativa nos próximos dois anos. Como essas ferramentas otimizam processos e identificam padrões complexos, líderes de todas as indústrias podem se beneficiar dos insights práticos oferecidos neste MBA sobre como aplicar IA para gerenciar equipes e impulsionar resultados.
O módulo Avançado apresenta disciplinas focadas em aplicações de negócios reais, como Processamento de Linguagem Natural e Análise de Dados Multimídia, permitindo que gestores tomem decisões embasadas em dados e fundamentem seu planejamento anual com dados.

Empreendedores e inovadores
Outro ponto destacado pelo relatório do SEBRAE é o potencial da IA em ajudar micro e pequenas empresas. Segundo a pesquisa, o setor de aprendizado de máquina (machine learning – ML) é o que registra maior faturamento. Aplicado especialmente na personalização da experiência do cliente, o ML é abordado no curso desde o primeiro módulo, contribuindo para a tomada de decisões estratégicas de mercado.
Ao chegar ao último bloco, o Módulo Soluções, os alunos têm a oportunidade de trabalhar em problemas reais e desenvolver um TCC que pode ser um projeto inovador para suas empresas. O suporte semanal oferecido por orientadores e professores é fundamental para transformar ideias em projetos viáveis, aumentando consideravelmente as chances de sucesso no mercado.

Especialistas em dados
Profissionais que já atuam em áreas relacionadas à análise de dados, como Cientistas de Dados, Analistas de Marketing ou mesmo Engenheiros de Software,
uma forma de aprofundar seus conhecimentos. Com disciplinas como Aprendizado de Máquina, Mineração de Dados e Redes Neurais, as aulas proporcionam a eles o desenvolvimento de habilidades técnicas que vão além do básico, capacitando-os a lidar com projetos mais complexos e relevantes.
Da mesma forma, aqueles que começam do zero terão apoio de excelência ao se aprofundar no mundo dos dados. O professor Caetano Traina, um dos pioneiros na área de banco de dados no Brasil, destaca que ensinar as bases da tecnologia é essencial para formar alunos com excelência. Para aqueles sem nenhum contato prévio com conhecimentos sobre dados, as aulas oferecem uma formação robusta, incluindo uma fundamentação histórica sobre a criação e evolução dos bancos de dados.

Estudantes e recém-graduados
Uma pesquisa realizada pelo Google em parceria com a Ipsos e divulgada na Veja revela que a média de uso da IA no Brasil é 12% maior do que a mundial. Para os entrevistados, setores como ciência (80%), medicina (77%) e agricultura (74%) representam campos que podem ser transformados pela IA.
O entusiasmo com a tecnologia é um incentivo para estudantes que estão finalizando seus estudos ou recentemente graduados. A flexibilidade do curso 100% online, juntamente com uma carga horária acessível de mais de 210 horas de formação, oferece uma maneira prática de adquirir competências em uma área considerada uma das mais promissoras do futuro. Ou seja, o MBA em IA e BigData representa uma excelente maneira de se destacar em um mercado de trabalho competitivo.
Turmas multidisciplinares
Com a evolução da capacidade dos bancos de dados e a disseminação dos serviços que armazenam e tratam essas informações, as possibilidades da tecnologia agora transcendem a indústria tecnológica. As aplicações abrangem áreas como marketing, saúde e educação, demonstrando que IA e Big Data são temas centrais para profissionais em diversas áreas que desejam tomar decisões mais assertivas, baseadas em evidências, e realizar um trabalho otimizado.
Assim, o currículo abrangente do MBA em IA e BigData da USP e a metodologia focada em soluções práticas preparam os alunos para os desafios do mercado. O histórico diversificado dos alunos do curso reflete a acessibilidade da formação, que acolhe profissionais iniciantes e aqueles com experiência na área.
Texto: Carolina Pelegrin, da Fontes Comunicação Científica